Um assunto sempre atual é sobre o
batismo espiritual. Interesso-me realmente pela temática. Noto que há pessoas
com diversas dúvidas concernentes ao tema. Então, aproveito para dirimi-las.
Muitas questões levantadas são
derivadas da ignorância escriturística. Aliada a isso as distorções existentes
complicam ainda mais a situação. Por fim, verifica-se uma babel, isto é,
confusão generalizada.
Convido o leitor a ler o livro de
Atos dos Apóstolos, na íntegra, e constatará que em nenhum momento é dito que se
deve buscar o batismo no Espírito Santo. A ausência disto verifica-se em todas
as epístolas neotestamentárias. Tampouco existe mandamento para buscar o revestimento
de poder. Por uma razão simples é obra unilateral da parte divina. Logo,
dispensa expediente humano conforme o adotado na contemporaneidade.
Nos evangelhos nos é dito que
Jesus batizaria no Espírito Santo. A imersão no Espírito é efetuada por Cristo.
Depende unicamente dele. Destarte, jamais foi incitada por Jesus. Este batismo
espiritual é descrito como promessa. Como tal nunca é buscada, senão
recebida! Isto porque consiste numa dádiva.
Os apóstolos, por exemplo,
receberam esse presente dos altos céus. No dia de Pentecostes o Espírito Santo
foi derramado sobre eles. Ademais, foram cheios do Espírito (Atos 2.4). E o mesmo
concedeu-lhes a capacidade para falar em idiomas humanos (Atos 2.4,6,8,11). Homens
incultos falando em línguas estrangeiras, cuja ação miraculosa fez com que a
multidão representada (por dezenas de nacionalidades) ouvisse falar das grandezas
de Deus. Alguém considerou esse evento o reverso de Babel (Cf. Gênesis 11).
O leitor atento observa que em nenhum
lugar diz que a evidência desse batismo espiritual é ‘línguas estranhas’.
Aliás, esse termo ‘estranha’ não se encontra em nossas traduções em língua
portuguesa, tampouco no texto em grego – língua utilizada na composição do Novo
Testamento.
Note bem, tanto no evento em
Pentecostes quanto em Cesaréia, bem como em Éfeso não existe o vocábulo ‘estranha’
associada ao fenômeno de línguas. Nos três casos onde constam as línguas,
respectivamente Atos 2, 10 e 19, não faz alusão às ‘línguas estranhas’ – comumente
faladas hodiernamente.
Diante do exposto fica claro que não
é preciso buscar o batismo no Espírito. Até porque é ação iniciatória, acontece
no começo da vida cristã. E o apóstolo Paulo assevera que todos foram batizados
no Espírito (1 Coríntios 12.13). Evidentemente existe experiência de conversão
que é dramática, outra nem tanto, porém, é o [mesmo] Espírito Santo que opera
de maneira poderosa – transformadora, no íntimo da pessoa que se arrepende e
crê na pessoa bendita de Cristo Jesus.
Termino explicitando que a salvação
eterna em Cristo é a maior dádiva que alguém pode receber, além do dom da vida
é claro. É justamente quando nos convertemos que acontece o maior milagre! O
novo nascimento é obra do Espírito Santo, algo extraordinário, acrescento – incomparável.
Logo, nenhuma ‘benção’ subsequente à regeneração pode ser colocada em pé de
igualdade.
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