terça-feira, 1 de outubro de 2019

Batismo no Espírito - dádiva dos altos céus

Um assunto sempre atual é sobre o batismo espiritual. Interesso-me realmente pela temática. Noto que há pessoas com diversas dúvidas concernentes ao tema. Então, aproveito para dirimi-las.
Muitas questões levantadas são derivadas da ignorância escriturística. Aliada a isso as distorções existentes complicam ainda mais a situação. Por fim, verifica-se uma babel, isto é, confusão generalizada.
Convido o leitor a ler o livro de Atos dos Apóstolos, na íntegra, e constatará que em nenhum momento é dito que se deve buscar o batismo no Espírito Santo. A ausência disto verifica-se em todas as epístolas neotestamentárias. Tampouco existe mandamento para buscar o revestimento de poder. Por uma razão simples é obra unilateral da parte divina. Logo, dispensa expediente humano conforme o adotado na contemporaneidade.
Nos evangelhos nos é dito que Jesus batizaria no Espírito Santo. A imersão no Espírito é efetuada por Cristo. Depende unicamente dele. Destarte, jamais foi incitada por Jesus. Este batismo espiritual é descrito como promessa. Como tal nunca é buscada, senão recebida! Isto porque consiste numa dádiva.
Os apóstolos, por exemplo, receberam esse presente dos altos céus. No dia de Pentecostes o Espírito Santo foi derramado sobre eles. Ademais, foram cheios do Espírito (Atos 2.4). E o mesmo concedeu-lhes a capacidade para falar em idiomas humanos (Atos 2.4,6,8,11). Homens incultos falando em línguas estrangeiras, cuja ação miraculosa fez com que a multidão representada (por dezenas de nacionalidades) ouvisse falar das grandezas de Deus. Alguém considerou esse evento o reverso de Babel (Cf. Gênesis 11).
O leitor atento observa que em nenhum lugar diz que a evidência desse batismo espiritual é ‘línguas estranhas’. Aliás, esse termo ‘estranha’ não se encontra em nossas traduções em língua portuguesa, tampouco no texto em grego – língua utilizada na composição do Novo Testamento.
Note bem, tanto no evento em Pentecostes quanto em Cesaréia, bem como em Éfeso não existe o vocábulo ‘estranha’ associada ao fenômeno de línguas. Nos três casos onde constam as línguas, respectivamente Atos 2, 10 e 19, não faz alusão às ‘línguas estranhas’ – comumente faladas hodiernamente.
Diante do exposto fica claro que não é preciso buscar o batismo no Espírito. Até porque é ação iniciatória, acontece no começo da vida cristã. E o apóstolo Paulo assevera que todos foram batizados no Espírito (1 Coríntios 12.13). Evidentemente existe experiência de conversão que é dramática, outra nem tanto, porém, é o [mesmo] Espírito Santo que opera de maneira poderosa – transformadora, no íntimo da pessoa que se arrepende e crê na pessoa bendita de Cristo Jesus.
Termino explicitando que a salvação eterna em Cristo é a maior dádiva que alguém pode receber, além do dom da vida é claro. É justamente quando nos convertemos que acontece o maior milagre! O novo nascimento é obra do Espírito Santo, algo extraordinário, acrescento – incomparável. Logo, nenhuma ‘benção’ subsequente à regeneração pode ser colocada em pé de igualdade.

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