Algumas pessoas tem dificuldade
de compreender o que é de fato o batismo no Espírito Santo e quando ocorre. Isto
porque a partir de 1900 foi propalado que este é uma ‘segunda benção’,
conseguinte precisa ser buscado. Sendo que num estudo escriturístico sério e
criterioso percebe-se que nunca a Bíblia diz que devemos buscá-lo. Ademais,
numa análise histórica em relação ao período da igreja cristã constatará que
jamais o tal ensino fez parte, visto que, surgiu apenas no início do século 20.
Na década de 90 ao fazer estudo
sobre a temática deparei-me com 1 Coríntios 12.13. Pessoas contrárias ao ensino
de que o batismo no Espírito Santo acontece no começo da vida cristã
desdenhavam deste verso alegando que não se referia ao batismo espiritual. Diziam
que se tratava do ‘batismo pelo Espírito’ na parte inicial do versículo quando
todos os crentes em Jesus eram batizados no ato de conversão e que a parte
final do mesmo, aí sim, referia sobre o batismo no Espírito somente para
aqueles que o buscassem.
Não obstante o malabarismo hermenêutico
adotado por tais pessoas claramente o verso aludido ensina duas coisas a
respeito do batismo espiritual: O batismo no Espírito acontece na conversão quando
somos introduzidos no corpo de Cristo e ocorre em todo o crente em Jesus. Logo,
todos os crentes já foram batizados no Espírito!
Alguns insistem que os discípulos
do dia de Pentecostes é padrão para nós hoje. Refiro-me aos quase 120. Ora,
estes eram crentes sim, até então sob a antiga aliança. Embora esta tenha sido
inaugurada com o sangue de Cristo na cruz do Calvário o próprio Jesus tinha dito
que era necessário ele voltar ao Pai para que o Espírito Santo fosse enviado. Ignorar
esse fato redunda em erro grosseiro.
Além disto, aos discípulos foi
dada a ordem para que esperassem em Jerusalém (neste período de transição). Nós
não precisamos ir a Jerusalém atual tampouco esperar o Espírito ser derramado,
pois já houve o derramamento do Espírito Santo no dia de pentecostal. Não faz
sentido esperar, muito menos buscar nem pedir para o Senhor derramar o que já
foi derramado!
Outra coisa a experiência com o
Espírito Santo nos moldes da nova aliança com o derramamento do Espírito como
cumprimento profético (Joel 2) foi a ‘primeira benção’ desses discípulos. Não
preciso esforçar para mostrar que eles sequer pediram o Espírito Santo e/ou
batismo espiritual como alguns fazem hoje em dia; não usaram expediente humano
algum. E, entre os fenômenos visíveis e audíveis daquele memorável dia os discípulos
falaram línguas estrangeiras. Línguas reais, identificadas inteligíveis.
A multidão que pediu
esclarecimento sobre o evento pentecostal aos apóstolos foi dito que eles
precisavam arrepender-se e crerem em Jesus a fim de receber o dom do Espírito
Santo, pois esta era a promessa pra eles, assim como para nós também (Atos
2.38,39). Eles não falaram em línguas [estrangeiras], mas evidenciaram que o
Espírito Santo realizou uma obra no interior deles, batizaram-se nas águas e com
isso foi agregados à igreja de Cristo, perseveravam na comunhão, no ensino apostólico,
na oração e etc e tal.
Todos os crentes em Jesus são batizados
no Espírito. No entanto, se não existe preceituação bíblica para buscar o
batismo espiritual pelas razões apresentadas há a necessidade de buscarmos a
plenitude do Espírito conforme assinala o apóstolo Paulo (Efésios 5.18).
Busquemos, portanto, sermos cheios do Espírito!
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