Bato na mesma tecla é verdade (não desejo isso, porém, as
circunstâncias exigem, pois sempre tem pessoas fazendo a mesma pergunta), é como
‘chover no molhado’, eu sei disto, mas cumpre-me tocar uma vez mais na
temática.
Esta postagem singela não visa à polêmica, e sim, o
esclarecimento desejando dirimir dúvida dos leitores. Então, língua estranha é
ou não a evidência do batismo espiritual? A resposta é um sonoro não! Isso
mesmo: ‘Não’.
É bom que se diga de início que línguas estranhas não são do mesmo
tipo das línguas faladas no dia de Pentecostes. Isto para começo de conversa. Realmente,
não tem nada a ver as línguas [estrangeiras] faladas no evento genuinamente Pentecostal
(conforme descrição de Atos dos Apóstolos capítulo 2) com as atuais. E, é
forçoso reconhecer que os eventos de Atos 10 e 19, tratam-se das línguas
semelhantes às faladas na contemporaneidade.
Nos trechos usados [com insistência]
por muitos para associar o fenômeno de línguas com o hodierno não tem sustentação
escriturística. O termo ‘estranha’ sequer consta no texto original. E, tampouco
nas traduções em língua portuguesa, por exemplo, aparece o tal vocábulo atrelado
às línguas.
Ademais, nos três casos de
línguas citados na Bíblia as pessoas envolvidas nos eventos não buscaram o batismo
espiritual muito menos tinham a pretensão de falarem em línguas! Estas foram
concedidas por Deus com propósitos específicos, ainda assim tratava-se de
línguas inteligíveis.
Logo, a assertiva de que línguas
estranhas nos moldes atuais é evidência do batismo no Espírito carece de
fundamentação bíblica. Basta lembrar que esse tipo de ensino surgiu no início
do século 19. Doutrina ‘recente’ quando comparado aos mais de dois mil anos do
cristianismo.