sexta-feira, 7 de junho de 2019

Em prol da nossa querida língua materna

Tem assunto que é tênue. O que vou tratar aqui é um deles. Começo com certo pesar. Infelizmente a nossa língua portuguesa não é valorizada. É dada pouca importância pra ela, pasme, pelos próprios patrícios! Os brasileiros a maltratam enormemente e, não se dão conta de como isso é danoso para uma nação. Falar bem e corretamente seria um dever cívico de todos em solo pátrio; o desmazelo é desatino.
Existe pesquisa no Brasil acerca de analfabetos funcionais. Estes são pessoas que fazem leitura, porém, não sabem ler. Leem os textos, por exemplo, mas não conseguem entendê-los. Não conseguem interpretá-los adequadamente! Até entre os que fizeram ensino superior o índice de analfabetismo funcional é alarmante.
Faço parte de um segmento religioso denominado evangélico. A despeito de preconceito ou discriminação em relação a este, sabe-se perfeitamente que o analfabetismo funcional grassa também nesse arraial. Lamentavelmente a língua portuguesa sofre terrivelmente, é atropelada corriqueiramente. Por isso, a má compreensão escriturística não me assusta mais, ao contrário é até amparada pelo déficit linguístico. Não estou afirmando que escrever e/ou falar errado é pecado. Não assevero isso. Sendo que, às vezes, parece que tem que pedir licença para falar/escrever corretamente afim de não deixar outros constrangidos. Chegou-se a um ponto, isso acontecem nos demais segmentos da sociedade, que falar/escrever errado é absorvido numa boa como se fosse ‘normal’, embora seja comum, frequente. Enquanto, falar/escrever acertadamente é visto como pura ostentação.
Faço uma pausa. Tive o privilégio de imergir uns no universo das letras. Alfabetizei adultos, dei aulas de reforço tanto para maior de idade quanto para adolescentes. Fui inclusive ‘amigo da escola’! Apoio esse quesito educacional e, não deixo de fora em hipótese alguma a nossa língua materna. Acho que cada cidadão devia fazer a sua parte no que tange a língua nativa. Isto com responsabilidade e patriotismo também.
Toco nessa temática porque no meio evangélico a Bíblia é mal compreendida por muitos, distorcida por outros e, isso em grande parte por causa da deficiência linguística. É inegável que parcela considerável no segmento não a lê adequadamente devido a questão apontada. Então, cabe a cada líder religioso expressar da melhor maneira possível em respeito à própria congregação, sobretudo, amor à língua portuguesa. Dessa maneira o exemplo viria de cima, isto é, do púlpito. E, penso que muita gente ia ter o conhecimento ampliado, o vocabulário aumentado e melhorado. E, quem sabe sentindo-se incentivado e motivado, de fato, a se esmerar em nossa língua vernácula.

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