Muita confusão ainda há no que tange
ao fenômeno bíblico de línguas. Por isso, espera-se dissipar ou dirimir algumas
dúvidas. É necessário mente reverente e abertura de coração em relação ao que a
Bíblia preceitua. Que para tanto Deus ilumine para a devida compreensão.
É de bom alvitre o leitor conceber
que a palavra “estranha” atrelada à língua inexiste no texto grego. Ainda
assim, quando o tradutor em nossa língua vernácula usou o termo não o fez com o
sentido de língua ininteligível.
O fenômeno de línguas é descrito como
glossolalia, isto é, falar [em] línguas. No dia de Pentecostes foi concedido
pelo Espírito Santo – miraculosamente, a capacidade de falarem em línguas
humanas. Não se tratou de línguas angelicais e/ou celestiais muito menos
línguas incompreensíveis como nos dias atuais.
Ora, se a evidência do batismo espiritual
fosse línguas certamente seriam idiomas; não línguas incompreensíveis. Caso o
Pentecostes seja padrão então todo crente hodierno falará língua inteligível para
assim fazer jus ao evento supracitado.
Improcedente é atribuir ao ocorrido
no Pentecostes milagre na audição dos ouvintes quando explicitamente o Espírito
Santo concedeu que falassem noutras línguas. É dito com todas as letras que
falaram em várias (ou diferentes) línguas de acordo com tradução acertada.
A associação indevida de línguas ininteligíveis
nega o verdadeiro dom de línguas. Além disto, cria dificuldades hermenêuticas instransponíveis.
Então, fique claro que a multidão com representatividade de diversas
nacionalidades ouviu em suas línguas porque foram, de fato, faladas. Não é dom
de “ouvido” (ou relacionado à audição). Mas é dom de línguas inteligíveis, isto
é, estrangeiras.
Muitas são as especulações e
conjecturas. Deixo-as de lado, visto que, só o fenômeno bíblico me interessa e,
no qual me detenho. Contudo, Paulo assevera que as línguas [estrangeiras] é um
sinal para os descrentes. Evoca inclusive profecia de Isaías.
É importante salientar que o dom
espiritual visa proveito comum. Tem o propósito de edificar a igreja. A
utilização de um dom legítimo (ou ainda o uso de uma contrafação do dom) para
benefício pessoal denota o estado egoístico daquele que assim procede.
O fato é que muitos nos dias atuais
apegam-se a línguas ininteligíveis e, rejeitam o autêntico fenômeno de línguas.
Agem ainda hoje na ignorância apesar de serem pessoas sinceras. Somente o
estudo sério, sistemático e criterioso para corrigir tal posicionamento. Terminantemente,
não falam as línguas conforme se deu no Pentecostes.
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