domingo, 26 de maio de 2019

A pessoa e obra do Espírito Santo (Parte I)

   Antes de falar quem é a pessoa do Espírito Santo, sinto-me na obrigação de dizer o que não é. O Espírito Santo não é uma força ativa, em vista disso, impessoal. Tampouco é uma energia como a eletricidade. Aliás, o comportamento ‘eletrizante’ de alguns em reuniões cúlticas sequer possui amparo escriturístico. Uns parecem estar recebendo descarga elétrica! Vimos então que o Espírito não é um fluído de poder impessoal muito menos energia. Ainda é preciso deixar claro que também não é apenas ‘doutrina’. É bom que se diga que doutrina em si não é ruim; é boa quando fundamentada nas Sagradas Escrituras. Neste aspecto, doutrina é vida!

   Podemos, agora, fazer algumas afirmações no que tange ao Espírito Santo. Este é uma pessoa. Quando digo que é uma pessoa refiro-me no sentido de ter poderes de consciência própria e uma determinação própria. O que caracteriza uma pessoa é a inteligência, essencialmente a forma de consciência própria, a determinação própria e a consciência moral. Uma pessoa, por exemplo, conhece o mundo que a rodeia e, sobretudo conhece-se a si mesma com relação a esse mundo e com outras pessoas. Por isso tem poder de olhar pra frente e escolher seu próprio curso. Além disto, é um ser moral. Em relação ao Espírito Santo como pessoa é “uma existência inteligente, consciente de si mesma, que tem direção própria e é moral”.  

   O Espírito Santo sabe as coisas mais profundas de Deus: “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus” (1 Coríntios 2.10).

   O Espírito Santo tem vontade, possui o poder de querer: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Coríntios 12.11).

   De acordo com Romanos 8.27 fica patente a intenção do Espírito Santo: “E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos”.

   Também em Romanos 15.30 consta mais um atributo pessoal do Espírito que é amor: “E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus”.
 
   O Espírito pode ser entristecido como vemos em Efésios 4.30: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”.

   Até o presente momento vimos que é atribuído ao Espírito Santo o poder de saber; o poder de querer; que tem intenção, ou seja, revela o propósito dele; que ama, isto é, tem essa capacidade. Diga-se de passagem, que Deus é amor. E, como pessoa pode ser até entristecido.
(Continua)

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