sábado, 14 de março de 2020

Leitura + aplicação (?)

Aos dezenove anos de idade tornei-me pregador da Bíblia. Devorava a Bíblia. Bastantes livros evangélicos eram compulsados. Além disto, acompanhava pregações radiofônicas. 
Pregava com paixão.  Tinha apreço enorme pelas Escrituras. Fazia parte de grupo evangelístico interdenominacional, inclusive. Pois bem, tinha o hábito de ler a Bíblia e aplicá-la imediatamente a vida das pessoas. Alguém poderá dizer que isso é bom, porém, deixa-me explicar. Consistia no seguinte: leitura + aplicação. Isto na verdade é perigosíssimo. Agir desse modo desconsidera um monte de coisa. Não posso tratar de tudo aqui. Sendo que posso mencionar, por exemplo, que é imperiosa a interpretação. Esta deve vir antes da aplicação. Sem interpretação a aplicação não será plausível.
Penso que o ideal é fazer a leitura, interpretar o texto bíblico, só depois disto fazer a devida aplicação! Seria então: leitura + interpretação + aplicação! Estou referindo, grosso modo, pois entendo que junto da interpretação seja necessária a exegese. 
Entretanto, saliento a necessidade de ter interpretação sadia e criteriosa. Portanto, não basta ler e aplicar logo o texto sacro à vida alheia ou a sua própria. Pense nisto.

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