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sexta-feira, 24 de maio de 2019

Princípios de Interpretação

Interpretar o Antigo Testamento não é algo fácil. O estudo deste precisa ser feito diligentemente. Para compreender uma passagem ou descobrir um trecho das Escrituras hebraicas devem considerar algumas coisas.

1) A posição histórica do escritor. Isto é importante, não pode ser relegado. Por isso deve-se incluir a história da época, as condições sociais e religiosas predominantes. É de bom alvitre conhecer a vida particular do autor e, se possível, os seus antecedentes.

2) A língua original em que o autor se expressou. Sabe-se que toda tradução implica necessariamente numa interpretação. Tendo isso em mente, o conhecimento da língua hebraica é indispensável para uma elucidação salutar do Antigo Testamento. Caso o estudante não tenha noção do hebraico bíblico sugiro que busque os melhores comentários acerca do texto original. Isto significa que me refiro aos comentários exegéticos.

3) O contexto da passagem. Os escritores sacros não escreveram cada versículo no vácuo, porém, seguiram a lógica e a razão, passando de um verso a outro. Por isso cada versículo precisa relacionar-se com os outros, de que faz parte. O versículo jamais poderá ser considerado estanque; ele faz parte de texto/contexto. Além do que não pode ignorar que a revelação é progressiva no Antigo Testamento.

4) A natureza da literatura. O gênero literário é importantíssimo para o aclaramento textual. Se o estilo do livro for ignorado a compreensão será totalmente comprometida.

5) As relações existentes com o seu futuro cumprimento.O Novo Testamento revela as verdades ‘escondidas’ no Antigo Testamento. Algumas verdades, que nem os próprios autores nem os expositores judaicos descobriram em suas declarações do Antigo Testamento, só se tornaram cristalinas em Jesus Cristo. Então, deve-se determinar primeiramente o que a passagem teria significado para o escritor e para sua geração. Após, procurar saber a relação que terá no plano eterno de Deus, que o próprio escritor talvez não compreendesse, mas que agora, para os que vivem na plenitude da luz da revelação, é claro.

* Francisco, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 5.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995. 288p.

O texto foi adaptado. Os princípios de interpretação foram extraídos das páginas 16 e 17 da obra aludida. Não foi pretendido aqui originalidade, em hipótese alguma, senão oferecer conceitos hermenêuticos para auxiliar os leitores hodiernos. 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Orientações Hermenêuticas acerca do Antigo Testamento

O autor mencionado abaixo contribuiu bastante para o meu entendimento acerca do Primeiro Testamento. Ele como estudioso da área oferece dicas valiosas. Elas foram retiradas de sua obra. Fala tanto sobre o que fazer quanto aquilo que não deve ser feito. Espero com isso auxiliar o ledor contemporâneo.

a) Atentar para a situação histórica, pois é fundamental para a assimilação do teor textual.

b) É impossível interpretar um texto deslocado do seu lugar e do sentido histórico.

c) Não fragmentar o Antigo Testamento, mas vê-lo como todo.

d) A maior dificuldade que uma pessoa tem em compreender o Antigo Testamento é justamente a inadequada compreensão de sua literatura.

e) É preciso conhecer o estilo literário de cada autor do Antigo Testamento.


* Francisco, Clyde T. Introdução ao Velho Testamento. 5.ed. Rio de Janeiro: JUERP, 1995.

Ps: As orientações aplicam-se perfeitamente também ao Novo Testamento.